Super bactéria: Os principais mecanismos e medicamentos de resistência bacteriana

Everllainy de Carvalho Romão Ribeiro, Mylena de Oliveira Santos, Georgette Carnib de Sousa

Resumo


O desenvolvimento de resistência bacteriana aos antibióticos é um fenômeno natural resultante da pressão seletiva exercida pelo uso deste medicamento, mas, que tem sofrido uma expansão muito acelerada devido à utilização inadequada destes fármacos, existindo uma correlação muito clara entre um maior consumo de antibióticos e níveis mais elevados de resistência microbiana. O estudo teve como objetivos analisar os principais mecanismos da resistência bacteriana frente aos antimicrobianos; e descrever quais medicamentos que apresentam resistência bacteriana na literatura pesquisada. Trata-se de uma revisão da literatura que foi desenvolvida entre os meses de agosto a outubro de 2019. Foram selecionados os artigos disponíveis na Biblioteca Eletrônica de dados do Scientific Electronic Library Online (SciELO), na base de dados eletrônica da Literatura Latino-Americana e do Caribe em Ciências da Saúde (LILACS) e da Medical Literature Analysisand Retrieval System Online (MEDLINE), através da Biblioteca Virtual em Saúde (BVS). Utilizaram-se como critérios de inclusão artigos científicos que responderam à questão norteadora, que estivessem na língua portuguesa, inglesa e espanhola, disponíveis na íntegra e gratuitamente nas bases de dados selecionadas no período de 2013 a 2019. Conclui-se que os principais mecanismos de resistência bacteriana apontados na literatura é a concentração inibitória mínima – CIMS, produção de enzima ß-lactamases, mutação genética, formação de biofilmes e consórcios sensor de quorum, presença de enzima NDM-1 e de enzimas modificadoras de aminoglicosídeos. Com relação aos medicamentos resistentes a bactérias pode-se apontar ciprofloxacina, penicilina, clindamicina, eritromicina, trimetroprina, sulfonamidas, carbapenêmicos, amoxicilina e meticilina.

Palavras-chave


Bactérias; Resistência bacteriana; Antibióticos; Mecanismos

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DOI: https://doi.org/10.58969/25947125.6.3.2022.170

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